Promotores em Schaffhausen abriram processos criminais acusando pessoas por "induzir, auxiliar e instigar suicídio", segundo a polícia
A polícia suíça prendeu várias pessoas depois que uma polêmica cápsula de aparência futurista, projetada para permitir que seu ocupante cometesse suicídio, foi usada pela primeira vez, disseram autoridades nesta terça-feira (24).
A polícia do cantão de Schaffhausen, no norte, na fronteira com a Alemanha, disse que a chamada cápsula “Sarco” foi implantada em uma floresta no município de Merishausen na segunda-feira.
Promotores em Schaffhausen abriram processos criminais contra várias pessoas por “induzir, auxiliar e instigar suicídio”, segundo disse um comunicado da polícia, acrescentando que várias pessoas foram detidas, sem dar detalhes sobre elas ou sobre os falecidos.
Um porta-voz do grupo por trás da cápsula, The Last Resort, disse que a falecida era uma mulher americana de 64 anos que sofria de um sistema imunológico gravemente comprometido.
Willet era a única outra pessoa presente quando a mulher tirou a própria vida, disse o porta-voz.
Em uma declaração emitida pelo The Last Resort, Willet descreveu a morte como “pacífica, rápida e digna”.
O porta-voz do Last Resort disse que a mulher passou por avaliações psiquiátricas antes de tirar a própria vida.
Um porta-voz dos promotores em Schaffhausen se recusou a dar detalhes ou confirmar que havia quatro detidos.
Feito ao longo de linhas aerodinâmicas e elegantes, o “Sarco” causa morte quando seu ocupante libera gás nitrogênio em seu interior, reduzindo a quantidade de oxigênio a níveis letais.
É uma criação de Philip Nitschke, um médico australiano famoso por seu trabalho em suicídio assistido desde a década de 1990.
A Suíça tem sido um ímã para defensores do suicídio assistido devido às leis que o tornam legal naquele país, e o The Last Resort diz que seu parecer jurídico foi de que ele poderia ser implementado.
A cápsula gerou considerável atenção da mídia e discussão entre as autoridades sobre se elas permitiriam seu uso.
Elisabeth Baume-Schneider, ministra suíça responsável pela saúde, disse na segunda-feira que a cápsula não atende aos requisitos da lei de segurança do produto e que seu uso de nitrogênio não é legalmente compatível.
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